17/10/12

"When I See You"

 
 
 
in Alireza Bozorgmir Photography (Facebook)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...vou partir

porque não estou sabendo mais ficar

sem ti

agora que sei que existes

 tento voltar a acreditar em amar

alguém que me ame de volta

alguém que vou procurar

 - alguém parecido contigo

e tentar encontrar

algures

algum dia

por aí

estou no ir...

by Vânia Isabel Medina

15/10/12

"Homogenic is a woman who was put in an impossible situation with a lot and lot of restrictions , so she had to become a warrior , but she fought back not with weapons but with love." by Björk

11/10/12

Cura-me...de Ti!

Cura-me de ti
Não sorrias tanto/Não rias/Seja mal-humorado
Cura-me de ti
Diz-me que adoras Michel Telo
Em vez de Coldplay/E Mozart
Diz-me que não suportas música
Em vez de estares horas a ouví-la
Cura-me de ti
Diz-me que achas August Rush lamechas
E não que é “sab e bnit”
Cura-me de ti
Veste-te à “West Side Story”
Não tenhas tanto estilo/De chinelos/Com aquela camisa preta/Ou sem ela
Cura-me de ti
Não escrevas poesia
Não sejas simpático/Não digas que ficas triste porque estou triste/Não me dês atenção/Não me ouças/Não me olhes /Não me fales/Minta-me
Cura-me de ti
Dá-me uma razão ao menos para não te gostar
Além de não gostares de mim
Cura-me de ti
by Vânia Isabel Medina

Vou beijar muitas bocas
As que tiver que ser
Todas
Até que não consiga imaginar mais como é teu beijo
Sentir teu jeito
by Vânia Isabel Medina

07/10/12

Ver-te ou não te ver


"A dor dói!(...)Acho que a minha alma precisa de um penso rápido."
in Peanuts by Charles Schulz

Se minha vida fosse um filme seria um drama. Recheado de dilemas. Nesta fase de minha vida, estou com mais um. Supostamente o dilema maior seria o “ir ou ficar”,  mas não. Até esta decisão parece-me fácil. Depende de mim, apenas. Do concreto. De meu querer. De fugir à estagnação. Às lágrimas. Libertar meu potencial. Meu dilema maior neste momento és tu. É esta coisa absurda que sinto. Que não percebo como pode ser possível. Não me faz sentido. Nada. Gostar de quem nunca toquei. Com quem pouco falei. Nenhum momento real de partilha. Mas que parece que conheço. E mesmo não sabendo explicar...faz todo o sentido. Este sentimento em que não há decisão. Minha. Não queria. Ainda não quero. Já tinha aprendido a viver de minha solidão. Fechada. De não acreditar. Gostar de ti. Irrita-me. Frustra-me. Não escolhi. Aconteceu. Não te olhei assim. Aconteceste. E consegui aceitar. Para minha sanidade mental, tive de o fazer. Gostar de ti. Faz-me feliz. Aquece-me. Confunde-me. Perco-me. Torço para não te ver e quero ver-te todos os dias. Se não te vejo, se não me cruzo contigo digo para mim mesma é porque não tens mesmo de fazer parte de minha vida. Conforta-me tua ausência em meu olhar. Porque aí sei que vai passar. Mais um cliché que me agrada - "longe dos olhos, longe do coração". Se te vejo, expludo de alegria. Coisa bonita. Conforta-me tua presença porque percebo que ainda estou viva e sou capaz de sentir. Meu coração começa a bater desenfreadamente. Sinto vida. Sinto. Não vejo nem ouço mais nada. E no segundo a seguir consigo sentir apenas tristeza. E doí. Caraças, como doí. Porque ver-te ou não te ver resume-se a ter-te ou não te ter. Não te ver é não te ter. Ver-te é sentir – tudo. Ver-te é saber o que nunca vou ter. E o dilema acaba aqui.

By Vânia Isabel Medina

04/10/12

My Double Infinity


Corto o cabelo. Visto-me de negro. Regresso aos meus piercings. Faço mais uma tatuagem. Abraço o desconhecido. Não tenho medo do duplo infinito. Sinto demais. Sempre. Tudo. Todos. Tudo é a mais em mim. Preciso mudar todos os dias. Nesta procura de mim. Perco (-me). Volto a reencontrar(-me). Às vezes sinto-me cansada. Mal-amada. A felicidade apenas ronda-me. Senta e bebe uns copos comigo. Vê-me a fumar um cigarro. Pousa numa fotografia junto a mim a sorrir e olhar para a Lua. Meu duplo infinito. Mas depois levanta-se e vai calada. Queria que a lua descesse e viesse fazer uma fotografia comigo. Hoje meia, amanhã cheia. Talvez assim ela ficasse. A tal felcidade. Procuro (-te). Não (te) encontro. Apaixono (-me). Não (me) corresponde. Saber de mim, que sou, o lado da cama a que pertenço. O meio não é mais meu jeito. Meu lado da moeda. Meu outro lado. Meu outro. Destruo-me. Mato-me. Literalmente. Resuscitam-me. Literalmente. Porque ninguém respeita minhas vontades? E mato (-me). E matam (-me). Faço um novo projeto. Será o (meu) problema o alicerce?Olho para mim ali à frente e viro as costas. Quero olhar, sim. Espreitar. Mas não saber tudo. Não ver tudo. Antevisão não toda a visão. Quero surpresas. Tenho mais para dar. Para ir. Para ver. Para destruir. Sentir. Construir. Sozinha. Junto. Amar. Doar. Dor. Receber. Dar. Partir. Ir. Não quero mais ficar. Estar. Preciso desta mudança. Hoje quero Londres. Se mudo (-me) agora, mudo (-me) ali à frente. Meu lugar é meu passaporte. Um novo carimbo. Tenho asas. Sou tão Yin. Sou tão Yang. I embrace both. Karma não me assusta. Eu é que o faço. Meu duplo infinito.  London I’m coming. Sintam saudades. Talvez aceite visitas. Não quero resgate. Não vou voltar. Não me vá buscar. Nem tu, nem ele, nem ela. Nem vocês - juntos ou separados. Só eu sei o (meu) caminho. Meu duplo infinito.
by Vânia Isabel Medina
Nota: "Double infinity significa a evolução quando observada de dois lados: o fisico e o espiritual. Um dos anéis de lemniscata é a jornada do nascimento à morte, o outro da morte ao novo nascimento. O ponto central é considerado o portal entre os dois mundos. Essa figura aparece em antigos desenhos celtas e no caduceu (cetro) de Hermes, o deus grego da comunicação (que leva as mensagens dos mortais para os deuses). Na antroposofia (filosofia espiritual sistematizada pelo austriáco Rudolf Steiner no século 19), a lemniscata ocupa um papel central porque representa o equilíbrio dinâmico, perfeito e rítmico do corpo."