12/11/12

Carta de mim Hoje para mim Amanhã

Muitas vezes tomamos decisões hoje e mais à frente, em pequenos momentos, somos capazes de achar que seguimos a estrada errada, que não fizemos a escolha acertada. Escrevo hoje que tenho a certeza do que quero para que, mais à frente, nos momentos de obstáculos, de saudades, de tristeza (principalmente os mais persistentes) eu me lembre que tomei a decisão certa, que meu caminho é aquele que escolhi. Sou de um país e de uma família em que ante o desafio do desconhecido e as certezas de uma estabilidade opta-se por este último. Hoje ergo-me para contrariar esta tendência. Hoje ergo-me porque tenho asas e quero a mudança. Porque hoje olho-me ali à frente e vejo-me daqui a 5 anos a fazer mais do mesmo, a contribuir em nada – para minha felicidade e para algo que me faça sentido. Porque esta estabilidade que se coloca à minha frente como opção é o sinónimo de uma infelicidade. Quem na sua sã consciência escolhe a infelicidade? Muitos de nós o fazemos e renovamos esta escolha todos os dias não aceitando a mudança e recusando abraçar as oportunidades que se colocam à nossa frente. Quero acordar, sentir uma preguiça normal mas depois levantar-me ao lembrar-me que vou fazer uma coisa de que gosto muito e dedicar-me a ela toda a semana com todo meu amor e a paixão que me caracteriza. Chamo asas a meu passaporte. Então como posso ignorar que elas tenham chegado agora? Este é o momento certo. De cortar esta ligação que me faz mal. Começar de novo. Deixar um fio é uma desculpa para regressar assim que a primeira coisa não correr exatamente como se esperava. Escolhi ser esta pessoa, que não é perfeita, mas que possui uma forma de estar, que tem princípios, valores e uma ética profissional. E por ela tenho de abraçar este desafio e a mudança. Não me vejo bem a não ser a trabalhar no que eu gosto. Não me vejo bem senão a amar e a ser amada. Hoje decidi ter esta coragem, e deixo-a aqui registada para que amanhã ela sirva de motivo de orgulho e não de arrependimento.Se o mundo se mostra a mim sem fronteiras, porque eu tenho de insistir em criá-las para mim mesma? Reclamamos mas o mundo está a aberto a nós. Há outras oportunidades, há outros lugares, há outras pessoas. Esperem por mim. Estou a chegar.
by Vânia Isabel Medina

 




 

Coração, vamos conversar


Coração, vamos conversar...Estou um pouco cansada. Dorida. E sei que sentes esta dor também. Mas ainda acredito. E porque acredito temos que falar. A partir de hoje vais ter de escutar o que tenho a dizer e repartir teu reinado com a minha cabeça. Não penses que não te quero ouvir ou seguir mais. Respeito-te demais para isso. Valorizo o teu bater. Mas tens de reconhecer que nem sempre tuas decisões são as mais certas. Que muitas vezes é óbvio que não é aquele o caminho a seguir. Mas vais. Saltas! E apaixonas-te. E fazes declarações de amor. E amas como as crianças. Admiro esta tua espontaneidade. Tua capacidade de te dar. Amar. As pessoas. Abres-te a diferentes pessoas sem nenhum preconceito. Mas ouve-me coração, tens de deixar de ser tão teimoso. Tens de cortar a ligação com o que te faz mal. Mudar as tuas tendências de sofrer e chorar. Isto não é felicidade. Hoje decidi escolher a felicidade e só se tu me deres a mão é que consigo fazer isto. Tens de estar comigo nesta decisão e segui-la. Prometo-te que vamos encontrar alguém que nos ame de volta. Temos é de ter calma e paciência. E precisamos nos proteger. Não podemos nos arriscar a estar sempre expostos. Não podemos nos arriscar a deixar de acreditar. Esta é a minha essência maior, e dado que somos uno, a tua também. Vamos fazer um pacto? Um Yin e Yang. Em que ambos são válidos. Ambos têm voz. Metade, metade. Nenhum lado está errado. Ambos estão certos juntos. A decisão faz-se de sua união. Metade lógica, metade espontaneidade. Metade cabeça, e a tua metade coração.
by Vânia Medina