23/02/11


Num ápice agarro meu cigarro
Com meu carro percorro
Cada canto da pequena cidade
Procurando em cada olhar
Um gesto que não denuncie instabilidade
Essa parecida com a em que vivo
 Num momento de pura loucura
Atiro-me à noite turbulenta
Procurando em cada gesto
Um sinal que não denuncie tortura
Essa em que me arrasto em pressa lenta
 Por instantes imagino-me diferente
Procuro um gesto inocente
Chego a acreditar-me capaz
Ser diferente, ter paz
 E a cada dia repito cada momento
Cada loucura, sem pensar no real tormento
De à rotina retornar
Ao desespero me entregar
Viver na eterna dor
De quem vive na esperança de se cruzar com o amor

by Isabel Medina






Sem comentários: