14/09/11

Stoica Daniel "Dark path to nowhere"


Todos nós já vivemos paixões e histórias de amor, mais ou menos intensas. Sofremos. Choramos. Perdemos. Amamos. Ninguém sai de uma história igual a como entrou. Mas mesmo depois de um broken heart, nada melhor que um rehab. Mas um rehab verdadeiro. Um tempo para nós. Namorar com nosso eu. Rehab em que assumimos um compromisso connosco de resolvermos tudo o que se relaciona com a história passada. De não deixarmos pontas soltas, fins inacabados, situações dúbias e mal resolvidas. Não é justo fazer do outro nossa “reserva”, o plano B, para o caso de nada mais resultar e nossas outras relações falharem, ainda termos aquela pessoa. Não adianta ficar em cima do muro. É preciso decidir. Se vamos perdoar, se vamos pedir desculpas, se ainda amamos e queremos lutar, se ainda amamos mas não vale a pena continuar. O que é preciso é terminar na nossa cabeça e no nosso coração e avançar. Chegar na história seguinte “limpo”. Pode-se curar uma ressaca com outra bebida, mas não é justo procurar a cura no outro porque levamos também o mal. Levamos o que não está resolvido em nós. E se não estamos resolvidos connosco e não fechamos a história anterior, como podemos estar com outra pessoa, em toda a dimensão que esta palavra pode atingir - criar laços e assumir compromisso com o que pode ser um novo amor? Cometemos os mesmos erros. As chances de não magoarmos a nós mesmos e à outra pessoa,  são poucas. Reduzimos a nossa possibilidade de felicidade.  Quando não damos um final à história anterior, estamos a definir já a partida o final da história actual – fracasso. E assim o banco ao nosso lado vai ficando vazio, mesmo nos raros segundos em que alguém o ocupa, e não percebemos porquê.
Vânia Isabel Medina

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei querida!Sábias palavras que alimentam o meu dia-a-dia. Hoje aprendo contigo muita coisa...saber viver, deixar-mo-nos viver evitar magoar...pena que as vezes as algumas separações não são devidas a falta de amor ou vontade de viver esse grande amor mas por determinadas circunstâncias de vida, o que muitas vezes impossibilita o tal término completo e vivemos assim com a tal coisa adormecida mas viva!!! Parabéns